Os organismos do Reino Plantae conhecidos por vegetais ou plantas e somam milhares de
espécies, são multicelulares, com células eucarióticas. São
autossuficientes, ou seja, produzem o próprio alimento através da fotossíntese,
sendo assim chamados de autótrofos. Todas as células vegetais possuem celulose
em sua parede celular, vacúolos e cloroplastos em seu interior.
Os vegetais foram os primeiros colonizadores do planeta
Terra. Graças à sua autossuficiência alimentar, eles conseguiram conquistar o
ambiente. É através das plantas que a vida no planeta se mantém.
Classificação
As plantas podem ser classificadas de acordo com vários
aspectos, o primeiro deles está relacionado com a presença ou ausência de
flores. Aquelas que possuem flores e uma estrutura reprodutora visível são
denominadas fanerógamas, já aquelas nas quais a estrutura reprodutora não se
encontra visível e não possui flores ou sementes chamamos de criptógamas.
Também podemos classificá-las de acordo com a presença ou não dos vasos
condutores de água e sais minerais e de matéria orgânica, ou seiva elaborada,
como vasculares e avasculares.
Briófitas
caracterizam-se pela alternância de gerações ou a
existência de duas ou mais formas alternantes no ciclo vital das plantas onde
em uma fase a planta produz gametas masculinos (Anterozoides) e gametas
femininos (Oosferas). Da união, surge o zigoto, que cresce sobre a planta
feminina formando o embrião. Este se desenvolve formando a fase assexuada
formadora de esporos que caem no chão úmido formando um musgo verde
(Gametófito). As briófitas dependem da água para se reproduzir pois os
anterozoides dependem dela para alcançar a oosfera. Abrange três classes:
Hepáticas, Musgos e antocerotáceas. Acredita-se que na passagem evolutiva das
plantas aquáticas (algas verdes) para o ambiente terrestre, as briófitas foram
as primeiras a apresentar algumas características que permitiram às plantas
invadir este tipo de ambiente.
pteridófitas
O grupo das pteridófitas compreende plantas que,
diferentemente das briófitas, possuem vasos condutores de seiva sendo, por
isso, consideradas traqueófitas. Entretanto, não apresentam sementes - tal como
os musgos, hepáticas e antóceros - e, ao contrário destas, a fase dominante é o
esporófito, com gametófito reduzido.
Seus representantes podem viver sobre o tronco de árvores e
arbustos (epífitas), ou mesmo em ambientes aquáticos. Avencas, samambaias e
espécies dos gêneros Selaginella e Lycopodium são as integrantes deste grupo.
O fato de serem traqueófitas fez com que com o transporte de
água, nutrientes e seiva elaborada se tornasse mais eficiente. Essa
característica, aliada ao surgimento de tecidos de sustentação, permitiu que
seus representantes apresentassem maior porte e se mantivessem eretos.
Angiospermas
As angiospermas são plantas que possuem sementes protegidas por frutos. Estas plantas também
apresentam flores.
Gimnospermas
As gimnospermas (do grego Gymnos: 'nu'; e sperma: 'semente')
são plantas terrestres que vivem, preferencialmente, em ambientes de clima frio
ou temperado. Nesse grupo incluem-se plantas como pinheiros, as sequóias e os
ciprestes.
As gimnospermas possuem raízes, caule e folhas. Possuem
também ramos reprodutivos com folhas modificadas chamadas estróbilos. Em muitas
gimnospermas, como os pinheiros e as sequóias, os estróbilos são bem
desenvolvidos e conhecidos como cones - o que lhes confere a classificação no
grupo das coníferas.
Há produção de sementes: elas se originam nos estróbilos
femininos. No entanto, as gimnospermas não produzem frutos. Suas sementes são
"nuas", ou seja, não ficam encerradas em frutos.
REPRODUÇÃO
briofitas
As briófitas dependem de água para a fecundação, uma vez que
o gameta masculino (móvel) necessita de um meio líquido para se deslocar até o
gameta feminino (imóvel). Portanto, embora a maioria dessas plantas seja
terrestre, seus laços de dependência da água não foram totalmente rompidos.
A reprodução ocorre por alternância de gerações ou
metagênese. Isso significa que o ciclo inclui uma fase sexuada e outra assexuada. A fase sexuada (de gametófito) é produtora de gametas e a assexuada (de
esporófito), de esporos. A reprodução de um musgo dióico, ou seja, no qual os
sexos estão separados em plantas distintas, serve para ilustrar o processo. Ao
atingirem a maturidade sexual, os gametófitos (a planta permanente) produzem
gametângios masculinos (anterídios) e femininos (arquegônios), em cujo interior
se formam os gametas masculinos (anterozóides) e femininos (oosferas). Os anterozoides
podem alcançar as oosferas por meio de gotas de orvalho ou pingos de chuva.
A união entre o anterozóide e a oosfera (fecundação), que
ocorre no arquegônio, determina a formação do zigoto. Este se desenvolve e dá
origem ao esporófito, produtor de esporos, que cresce sob o gametófito feminino
e daí obtém seu alimento.
pteridófitas
reprodução sexuada das pteridófitas |
A reprodução das pteridófitas pode ocorrer de forma
assexuada ou sexuada. Na forma assexuada, essas plantas reproduzem-se por
brotamento. Você já deve ter visto alguém pegando uma “mudinha” de samambaia.
Geralmente, a pessoa planta uma pequena porção do caule da planta, que fica
embaixo do solo. É a partir desse fragmento que uma nova planta brotará.
A reprodução também pode ocorrer de forma sexuada,
entretanto, nesse caso, temos um processo mais complexo. Observe abaixo as
etapas dessa reprodução:
- Inicialmente ocorre a liberação dos esporos do interior do
soro;
- Os esporos caem no chão e germinam;
- Forma-se o prótalo, uma estrutura que produz gametas
(gametófito);
- Quando uma gotinha de água cai na superfície do prótalo, o
anterozoide (gameta masculino) nada até a oosfera (gameta feminino). Tanto o
anterozoide quanto a oosfera são produzidos pelo prótalo;
- Ocorre a fecundação;
- Desenvolve-se o esporófito, que inicialmente vai ser
nutrido pelo gametófito.
angiospermas
As angiospermas, assim como outros grupos vegetais,
caracterizam-se por um ciclo de vida com alternância de gerações: a geração
diplóide, o esporófito, reproduz-se por meio de esporos, e a geração haplóide,
o gametófito, reproduz-se por meios de gametas.
Nas fanerógamas, a alternância de gerações é pouco evidente,
já que o gameta surge na flor do esporófito. O gametófito é muito reduzido e
tem uma duração muito curta quando comparada ao esporófito. Apresenta-se como
uma estrutura sem pigmentação verde, cuja nutrição é garantida pelo esporófito,
sobre o qual se desenvolve.
A fecundação depende inicialmente da transferência dos grãos
de pólen desde as anteras até a abertura superior dos carpelos. Esse processo
denomina-se polinização e depende de um meio de transporte para os grãos de
pólen. Quando o meio utilizado for o vento, a polinização denomina-se
anemofilia. Quando o agente polinizador for um inseto, entomofilia, e quando
for uma ave, ornitofilia, dentre outros.
Assim como as gimnospermas, as angiospermas também são
denominadas sifonógamas pela participação do tubo polínico no encontro dos
gametas masculinos e femininos. Para que a fecundação ocorra, o tubo polínico
libera as duas células espermáticas, esse processo é denominado dupla
fecundação e é característico das angiospermas.
A partir da dupla fecundação, tem início uma série de
modificações que culmina na formação da semente e do fruto.
gimnospermas
Os estróbilos masculinos produzem os micrósporos por meio da
meiose, passam por divisão mitótica e acabam por originar o pólen, que é o
gametófito masculino. Os estróbilos femininos passam pelo mesmo processo, mas
produzem os megasporângios, que são resultantes nos megásporos que formam o
gametófito feminino, que é o óvulo que contém a oosfera.
A fecundação se dá por meio da polinização, ocasionada em
essência devido ao vento que transporta o grão de pólen até o óvulo. Esse
possui um tubo polínico que conduz o núcleo espermático até a fecundação da
oosfera.
O zigoto é formado após esse processo, e divide-se por meio
da mitose. Assim é gerado o embrião que, ao se desenvolver, gera um novo
esporófito com uma radícula, um caulículo e gêmulas.
bibliografia
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